Tratamento de Doença Metastática
Quando a doença não se limita à própria mama e aos linfonodos regionais e pode ser reconhecida em outras partes do corpo, a doença é chamada de metastática.
Nesta situação o objetivo do tratamento é controlar a doença, permitindo que a paciente viva mais tempo e com menos sintomas.
Aqui também deve-se escolher o tratamento de acordo com o subtipo do câncer de mama. Os tratamentos considerados mais eficazes e bem tolerados são aplicados, podendo ser substituídos na medida em que deixam de funcionar ou causam efeitos indesejáveis e mal tolerados.
Outros cuidados no tratamento do câncer de mama
Para muitas pacientes com câncer de mama, a manutenção do peso passa a ser um desafio adicional ao longo do tratamento. Uma série de fatores – impacto emocional do diagnóstico, inatividade física e medicamentos – se somam para fazer com que as pacientes ganhem peso.
Muito mais do que uma preocupação estética, combater o ganho de peso tem se mostrado importante para reduzir o risco de recidiva da doença, que pode ser favorecida pelas alterações metabólicas da obesidade.
Vários estudos mostram os benefícios da atividade física na redução do risco de desenvolver o câncer de mama e também sua importância em reduzir o risco de recidiva. Além disso, as atividades físicas têm se mostrado muito benéficas durante o tratamento.
Preservar a massa óssea é um cuidado importante no tratamento do câncer de mama em qualquer idade. Contribuem para a perda óssea a inatividade física, a falta de exposição à luz do Sol e, principalmente, certas terapias antiestrogênicas utilizadas no tratamento dos tumores luminais. Isso é feito por meio de medicamentos específicos, de grande eficácia na recuperação e manutenção dos ossos.
A fisioterapia tem um importante papel na reabilitação da mulher após a cirurgia do câncer de mama. O objetivo do trabalho destes especialistas é preservar a força e mobilidade do braço, garantir a amplitude de movimento do ombro e reduzir o edema no braço, efeito adverso frequente após a remoção cirúrgica dos linfonodos axilares e a radioterapia.
Deve-se assegurar que a mulher não engravide durante todo o tratamento do câncer de mama, adotando para isso métodos contraceptivos de barreira. O uso de contraceptivos hormonais está contraindicado para mulheres diagnosticadas com câncer de mama.
Um dos possíveis efeitos adversos da quimioterapia é a perda da capacidade de ovular, por vezes irreversível. Entretanto, os avanços tecnológicos na área de indução de ovulação e congelamento de óvulo vem permitindo que muitas mulheres jovens mantenham a perspectiva de conceber seus próprios filhos após o término de seu tratamento. Mulheres que queiram engravidar devem manifestar seu desejo e discutir essa possibilidade com seus médicos, antes de iniciar o tratamento.